O médico de Michael Jackson não deve aguardar em liberdade o recurso da sua condenação por homicídio culposo, pois há risco de fuga e ele não demonstrou remorso por sua participação na morte do cantor, argumentaram promotores em documentos protocolados na terça-feira.
Os promotores disseram que o médico Conrad Murray, que cumpre pena de quatro anos de prisão, não deve receber o habeas corpus na audiência judicial marcada para sexta-feira em Los Angeles.
Para os promotores David Walgren e Deborah Brazil, há uma "completa incerteza" sobre a permanência de Murray na Califórnia caso ele seja solto.
"Com base na sua recusa em aceitar a responsabilidade pelas decisões que tomou, sua completa falta de remorso e falta de compreensão sobre o perigo da sua conduta criminalmente negligente, ele continua um perigo para a comunidade", acrescentou.
Murray foi condenado por homicídio culposo (sem intenção) depois de admitir que administrou o anestésico propofol e sedativos a Jackson, numa combinação que deveria funcionar como um sonífero, mas que resultou na morte do cantor de "Thriller".
O médico não depôs no julgamento e negou ser culpado pela morte. Em janeiro, ele pediu para ser libertado sob fiança ou colocado em prisão domiciliar enquanto aguarda o julgamento do recurso, alegando que esse trâmite pode levar mais de um ano.
O juiz do caso irá ouvir os argumentos de ambas as partes na sexta-feira.
Fonte: UOL