Na última sexta-feixa (17/11/2011) realizamos nossa primeira audição do “novo álbum” de Michael, o “MICHAEL JACKSON IMMORTAL”, previsto para chegar nas lojas do Brasil na próxima segunda-feira, 21/11/2011.
O disco que é na verdade a trilha sonora do espetáculo promovido pelo Cirque du Soleil e leva o mesmo nome do espetáculo é uma compilação de sucessos mesclados e traz boas surpresas ao ouvinte.
A edição que ouvimos foi a deluxe. Sua embalagem é um estojo azul metalizado como no Thriller 25th (2008) e dentro traz a capa vermelha como divulgada pela Epic em uma caixa com 2 CD’s.
A qualidade da impressão é perfeita com cores vibrantes.
Após nossa primeira audição faixa a faixa, a impressão que tivemos foi a de estarmos ouvindo “mais uma repetitiva coletânea de Michael Jackson”, mas logo que paramos para prestar a atenção nos detalhes acabamos descobrindo verdadeiras raridades em algumas canções.
Uma coisa é evidente. Todas as faixas foram remasterizadas e o que se ouve é um som límpido e surpreendente, resultado do trabalho exímio de equalização do produtor Kevin Antunes, que levou um ano para trabalhar no álbum.
Em IMMORTAL a voz de Michael é potencializada e na maioria das faixas está em um volume mais alto do que estamos acostumados ouvir.
Músicas indispensáveis como “The Way You Make Me Feel e “Rock With You” entre outras que se tornaram marca registrada de Michael Jackson ficaram fora do álbum e fazem falta.
Para aqueles que esperavam um álbum de remixes, IMMORTAL não traz grandes mudanças e nenhuma batida extremamente eletrônica. O que se nota é que o produtor primou pela qualidade, pela preservação da voz de Michael e principalmente não se atreveu realizar alterações drásticas em nenhuma das faixas.
O que também chama a atenção e decepciona um pouco é o fato de que a maioria das faixas teve seu tempo resumido pelo fato do álbum inteiro ser “non-stop” (sem paradas entre as músicas).
O ideal é ouvi-lo integralmente sem pular as faixas, pois as canções apresentam as introduções das próximas músicas em seus finais.
“MICHAEL JACKSON IMMORTAL” não parece ser um álbum com a pretensão de alcançar os topos das paradas, não soa como um candidato as pistas de dança e nem promete ser campeão de vendas, mas preserva o Michael que conhecemos de forma respeitosa revisitando seus sucessos e tornando-se um item fundamental para colecionadores.
Além do talento notório de Michael, a qualidade sonora e a apresentação gráfica impecáveis fazem deste um álbum histórico para fãs e admiradores do rei do pop.
Confira abaixo a nossa análise faixa a faixa.
1.Working Day and Night:
Apesar de ter um inicio mais prolongado, a faixa é praticamente semelhante à versão original, não fossem por pequenos detalhes de equalização.
2.The Immortal Intro:
É uma introdução criada para a abertura do espetáculo “Michael Jackson The Immortal World Tour” e apresenta uma mistura empolgante com vozes e explosões de vários hits presentes no show e no álbum.
3.Childhood:
Traz a voz de Michael Jackson falando realmente crer que a pureza dos corações das crianças é capaz de mudar o mundo e um efeito de ambiência leva a voz Michael para traz do arranjo. A faixa é praticamente a mesma do álbum History.
4.Wanna Be Startin’ Somethin’:
Apresenta uma releitura interessante sobre uma batida de dance/afrobeat, paradas eletrizantes com corais reforçados na equalização, mas nem de longe chega a ser tão empolgante quanto a versão original lançada no álbum Thriller.
5.Shake Your Body Down To The Ground:
É praticamente a mesma versão já tão amada pelos fãs de Michael.
6.Dancing Machine/Blame It On The Boogie:
Iniciam com uma guitarra ao melhor estilo “Slash”, e a buzina de um trem, rapidamente adquirindo a musicalidade “HOUSE MUSIC” e trazem boas variações vocais da faixa original em paradas estratégicas.
7.Ben:
É uma releitura oriental não muito empolgante pois o efeito aplicado na voz de Michael é exagerado e os novos arranjos não conseguem alcançar a perfeição dos arranjos originais. Ainda assim, continua sendo uma bela música.
8.This Place Hotel (Heartbreak Hotel)
Parece intocada pela nova produção, não fossem as paradas estratégicas e sua curta duração de apenas 2 minutos.
9.Smooth Criminal:
Também foi resumida em 2 minutos e ganha momentos acapella e os famosos “tiros” que Michael costumava usar em suas apresentações ao vivo.
10.Dangerous:
Resumida a menos de 3 minutos se assemelha muito as apresentações ao vivo de Michael, mas inclui alguns trechos de “In The Closet” com a voz de Naomy Campbell.
11.The Mime Segment: I Like The Way/Speed Demon/Another Part Of Me:
Estão misturadas em um Mash Up muito bem construído, iniciando com a voz de Michael contando o que significa para ele compor músicas. Pouco pode se ouvir de Speed Demon e o que de fato deixa o ouvinte contagiado é a voz evidenciada de Michael em Another Part Of Me sobre a batida original reformulada e cheia de suingue.
12.The J5 Medley: I Want You Back/ABC/The Love You Save:
O medley é basicamente parecido com o que Michael apresentava em seus shows, mas construído com as versões originais da era Jackson 5.
13.Human Nature/Speechless:
Inicia com a voz doce de Michael cantando um pequeno trecho de Speechless até encontrar com os acordes iniciais de Human Nature que teve a batida removida e substituída por suaves percussões que soam como freqüências eletrônicas.
14.Is It Scary/Ghost/Somebody’s Watching Me/Threatened:
As faixas se apresentam em um mix bem elaborado, cheio de batidas renovadas e inserções de efeitos surpreendentes, abrindo os portões para Thriller.
15. Thriller:
Uma das versões mais empolgantes do álbum com uma entrada triunfante e assustadora apresentando Michael poderoso nos vocais límpidos (quase acapella) na primeira estrofe da canção, gritos, uivos, trovões e outros efeitos de terror, mas deixa a desejar por não estar completa.
16. You Are Not Alone/ I Just Can’t Stop Loving You:
Compiladas em uma única faixa, continuam lindas como sempre foram. You Are Not Alone segue o mesmo caminho de Human Nature com batidas substituídas por freqüências eletrônicas e I Just Can’t Stop Loving You traz versos em espanhol.
17. Beat It/Jam/State Of Shock :
Beat It tem poucas alterações em relação a versão original e está bastante resumida, mas a seqüência de State Of Shock traz trechos empolgantes do final do clip de Bad muito bem aplicados sobre a batida.
18. Jam.
Modernizada, é deliciosa e traz uma releitura interessante usando até mesmo os sons da bola de basquete gravados na seqüência final do vídeo clipe de "Jam" em que Michael brinca com Michael Jordam, além de paradas estratégicas muito interessantes.
19. Planet Earth/Earth Song:
Uma Linda mistura do poema “Planet Earth” - gravado por Michael e disponibilizado aos fãs no álbum This Is It – com Earth Song que recebeu efeitos de ambiência e algumas paradas diferentes.
20. Scream/Little Susie:
Scream é vibrante com viradas, paradas e arranjos discretamente reconstruídos, além de vozes evidenciadas. Little Susie é usada como um final e não há uma única voz de Michael na música.
21. Gone Too Soon:
Só não está intocada por apresentar um efeito de ambiência chamado "reverb" que traz a impressão de que Michael está cantando em uma capela.
22. They Don’t Care About Us:
É uma faixa que certamente Michael incluiria em uma tour, pois além de conter sons reais muito próximos aos que estamos acostumados a ouvir em suas apresentações ao vivo, ainda traz um coral incrível em seqüências nunca mostradas antes aos fãs.
23. Will You Be There:
Inicia com a introdução de “Heal The World” e soa com uma certa semelhança a faixa original, não fosse pelo comovente poema declarado por Michael no final acompanhado dos corais, pianos e instrumentos suaves levando o ouvinte as lágrimas.
24. I’ll Be There:
É uma das faixas mais sentimentais do álbum e tem o poder de trazer a paz, com Michael solitário nos vocais e nos faz pensar que talvez fosse exatamente assim que ele se sentisse naqueles anos de Jackson 5.
25. Immortal Megamix: Can You Feel It/Don’t Stop ‘Til You Get Enough/Billie Jean/Black Or White:
A primeira faixa escolhida para divulgar o álbum é uma forte candidata a ganhar todas as pistas do planeta e traz um mix dançante passeando pelos sucessos inesquecíveis de Michael. Destaque especial para o vocal nunca revelado antes no final de Black Or White e os arranjos que parecem viajar por uma mistura musical de diversas nações.
26. Man In The Mirror:
A faixa está preservada em sua versão original com pequenas mudanças no final.
27. Remember The Time/Bad
Ambas estão redondinhas, quase tão perfeitas quanto em sua versões originais. Remember The Time inicia sem o acompanhamento da bateria, o que lhe dá uma ar todo especial. Já Bad tem paradas perfeitas, vocais evidenciados e promete muita dança em um ritmo de tirar o fôlego.
Atenção:
Gostaríamos de deixar claro que esta matéria trata apenas de nossas impressões sobre o álbum, mas garantidamente todos terão excelentes surpresas ao ouvi-lo.
“It’s all for love L.O.V.E.”
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