11 de julho de 2017

Michael Jackson e a 'Síndrome de Peter Pan'

Michael Jackson, segundo psicólogos americanos, queria parecer diferente para voltar à infância infeliz e resgatar a criança que começou a morrer quando teve de integrar o conjunto musical de seus irmãos, Jackson Five, um grupo que fez muito sucesso nos anos 1960 e 1970, cantando músicas para adultos - cujas letras ele e os outros garotos dificilmente entenderiam.

Michael afirmava “ser Peter Pan no coração” e todos sabemos que ele era um fã incondicional de Peter Pan.
Embora os sintomas da “Síndrome de Peter Pan” ajudem a explicar boa parte do comportamento de Michael, será que ele realmente era portador desta síndrome?


A SÍNDROME DE PETER PAN: HOMENS QUE NÃO AMADURECEM

Essa síndrome foi acolhida no campo da psicologia desde a publicação de um livro escrito em 1983, pelo psicólogo norte americano Dan Kiley, que chamou de “Síndrome de Peter Pan”, um conjunto de desfechos de homens, que não aceitam renunciar a condição de filhos para se tornarem pais.
A síndrome de Peter Pan se caracteriza por comportamentos expostos por homens que não querem deixar de ser crianças, porque são imaturos em determinados aspectos psicológicos, sociais e sexuais. Além de manifestar atitudes narcísicas e de desatinos, sobretudo, por temer a solidão, o abandono e o fracasso.

Geralmente são homens que têm mais de 30 anos, que radiam camaradagem no primeiro contato. Mas essa síndrome tem se transformado próxima de uma doença social, visto que são homens que se negam, psicologicamente, de passar pelo processo de amadurecimento humano.

Hoje há uma valorização exagerada da juventude, enaltecida pela mídia, como um mecanismo narcísico de consumação da fugacidade do presente. Contribuindo com a imaturidade psíquica desses homens, que são “rebeldes sem causas”, que se recusam a envelhecer, agem ao seu bel-prazer, sem a preocupação das consequências de seus atos.

Embora levem uma vida profissional exitosa, em sua vida pessoal seguem agindo como adolescentes egocêntricos e vorazes por diversão, colocando a culpa nos outros pelas suas irresponsabilidades.

Na área das relações amorosas, não se esforçam para fazer parte de um casal maduro e estável.

São tipificados como “homens-meninos”, que se negam a amadurecer, uma vez que são incapazes de seguir adiante com relacionamentos amorosos, pois exigem elevadas doses de afetos de mulheres, que possam oferecer tudo, sem pedire nada em troca. Mas não continuam por muito tempo em relações estáveis, visto que escapam dos compromissos afetuosos.

A irresponsabilidade é o núcleo dessa síndrome, que resultaram da falta de limites, que ocorreram na criação e na educação dos filhos. Assim, a educação dos meninos necessita ser considerada como uma fase importante na prevenção do surgimento da Síndrome de Peter Pan no desenvolvimento da personalidade das crianças.

Para os homens-meninos que buscam a cura dessa síndrome, a melhor maneira será apreenderem a se colocar no lugar dos outros, para olhar a vida sobre novas perspectivas e dar mais do que recebem.

Não precisam anular o seu lado criança, ou se tornarem pessoas amargas, mas se adequarem de forma saudável e autoconfiante aos ambientes que convivem.

Um caminho eficaz para o tratamento dos portadores da Síndrome de Peter Pan é a psicoterapia, que pode ser conduzida ao autoconhecimento.

O primeiro passo para superar a síndrome é encarar a realidade, agindo de modo condizente com a idade, que deve estar sintonizada com a idade psicológica e corporal, além do apoio dos familiares e amigos, que são essenciais nesse processo de cura e amadurecimento.

Imagens: Reprodução Internet
Fonte: Psicologias do Brasil