Capa do livro de Greenburg
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Começar cedo
Aos 10 anos de idade, Michael Jackson pedia aos adultos, como o cantor Marvin Gaye e o executivo Barry Gordy, dono da gravadora Motown, informações sobre o funcionamento da indústria da música. “Ele ficou fascinado quando lhe explicaram o que era o direito autoral”, diz O’Malley Greenburg.
Senso de oportunidade
Michael Jackson era obsessivo na caça a catálogos musicais desvalorizados, mas promissores. Foi o ex-beatle Paul McCartney quem o aconselhou a comprar os direitos de músicas em baixa cotação. “Fiz isso na aquisição da obra de Buddy Holly”, disse Sir Paul ao jovem cantor, durante um jantar em 1981. O primeiro investimento de porte de Michael – na banda funk Sly & The Family Stone, por US$ 500 mil, em 1984 – se pagou rapidamente quando o cantor Iggy Pop regravou Family Affair, no ano seguinte.
Fome de negócios
“Ele tinha bons instintos: ‘Mais, mais, melhor, melhor’”, diz Sandy Gallin, administrador das finanças de Michael Jackson. Segundo O’Malley Greenburg, o jeito de negociar de Michael era sempre o mesmo: não importa o quanto oferecessem, ele sempre queria mais.
Não dar ouvidos ao expert medroso
Quando Michael negociava a compra do catálogo dos Beatles, o empresário e amigo David Geffen disse que era caro demais. Ele se manteve irredutível. “Esse catálogo não tem preço. ELE É MEU”, escreveu num bilhetinho ao advogado, John Branca. Hoje, o catálogo (que em 1995 sofreu a fusão com o banco musical da Sony, num acordo entre o cantor e a gravadora) valeria US$ 2 bilhões.
Retroceder nunca, render-se jamais
Nos anos 80, o cantor ficou conhecido por não arredar pé em suas demandas financeiras. Em 1983, o então CEO da Coca-Cola Roger Enrico ofereceu a Jackson US$ 1 milhão para patrocinar a marca. “Quero US$ 5 milhões”, disse Michael. Diante da recusa de Enrico, o cantor levou a oferta à PepsiCo, que aceitou o valor. A parceria entre ele e a marca de refrigerantes durou uma década.
Curiosidade
Michael Jackson tinha curiosidade insaciável. Ele estudou vorazmente a biografia de Walt Disney. O animador era o seu parâmetro nos negócios. No último ano de vida, Michael planejava uma parceria musical com o rapper Diddy. “Ele conhecia rap e hip-hop como se tivesse sido criado no Bronx”, diz o rapper. “Michael era uma esponja de conhecimento”, diz Greenburg.
Não se deixar abater
No início dos anos 90, Jackson quis comprar a Marvel, mas ficou receoso diante da situação financeira precária do estúdio de animação. Desistiu da compra, para arrependimento posterior. “Foi um bom negócio que Michael deixou passar. Mas nunca se abateu diante dos erros”, diz O’Malley Greenburg.
Investir na marca pessoal
“Michael foi o primeiro superstar pop a transformar seu nome em marca: de roupas, tênis, materiais esportivos”, diz O’Malley Greenburg.
Imagem: Latinstock/© Neal Preston/Corbis)
Fonte: Época