5 de novembro de 2011

Sentença de médico de Michael Jackson é adiada até segunda-feira

Os jurados encarregados de dar um veredicto no julgamento do médico de Michael Jackson, Conrad Murray, terminou seu primeiro dia de deliberações sem chegar a uma conclusão, o que indica a complexidade do debate. 

Formado por sete homens e cinco mulheres, o júri recebeu formulários em branco para solicitar evidências após o começo das deliberações. Às 4h (horário de Los Angeles), entraram em recesso. O trabalho recomeça na segunda-feira.

O júri deve chegar a um veredicto unânime para declarar culpado ou absolver Conrad Murray pelo homicídio involuntário de Michael Jackson, em junho de 2009. O popstar morreu após tomar uma dose letal do anestésico propofol - Murray reconheceu que lhe dava o medicamento ao músico, que tinha problemas para dormir. O júri irá deliberar nos horários regulares do tribunal, e o veredicto será lido no mesmo dia em que chegarem a um acordo.

Durante os argumentos finais, após seis semanas de julgamento, os advogados do cardiologista atacaram os argumentos da promotoria e suas testemunhas, dizendo que criaram histórias e teorias para culpar Murray diretamente pela morte do cantor. Os promotores responderam que Murray era um médico oportunista e inepto, que deixou os três filhos de Michael sem pai. Também disseram que a conduta de Murray, que deu propofol para ajudar o músico a dormir, violava os padrões de cuidados com os pacientes e era quase como um experimento secreto, do qual o médico não guardou nenhum arquivo. Os promotores e advogados de defesa serão avisados com duas horas de antecedência quando o júri chegar a um veredicto. Se restarem dúvidas entre os jurados, Murray não terá que se apresentar ao tribunal; mas se a decisão deles for unânime, o médico deverá estar presente para ouvir a sentença.

Ao longo do julgamento, foram ouvidos 49 depoimentos e mais de 300 peças de evidência, que devem ser considerados pelo júri em sua deliberação. Se o cardiologista for condenado, enfrentará uma sentença que pode ir da liberdade condicional a quatro anos de prisão e a perda de sua licença médica. A sentença será decidida pelo juiz da corte superior Michael Pastor, após escutar os pontos de vida dos advogados de ambas as partes e as autoridades de liberdade condicional, se for o caso. Uma mudança recente na lei da Califórnia permitiria que Murray, de 58 anos, cumprisse uma possível sentença numa prisão do condado, em vez de uma cadeia estadual.

Fonte:O Globo