3 de setembro de 2012

Jornal americano afirma que Kenny Ortega considerava Michael Jackson ansioso e obsessivo nos ensaios para "This Is It"

Troca de e-mails entre empresários e produtores na época da morte do cantor foi divulgada neste domingo pelo jornal 'Los Angeles Times'.

Uma reportagem publicada neste domingo pelo jornal americano Los Angeles Times sugere que a produtora AEG Live sabia que Michael Jackson não estava em boa condição física e mental dias antes de sua morte, enquanto se preparava para fazer uma extensa turnê. Segundo e-mails trocados por executivos da empresa na época e obtidos agora pelo jornal, Jackson era considerado por eles "um caso perdido".

Em uma das mensagens, Kenny Ortega, o diretor dos shows que Jackson faria e que o conhecia há 20 anos, afirma que o cantor apresentava "fortes sinais de paranoia, ansiedade e comportamento obsessivo".

As mensagens divulgadas pelo Los Angeles Times vazaram de dois processos que devem ser julgados no ano que vem. No primeiro deles, a seguradora Lloyd's of London alega que a AEG deu falso testemunho sobre a saúde do cantor. O outro processo é dos herdeiros do cantor, que alegam que a produtora pressionou o músico para fazer 50 shows, embora soubesse que seu estado de saúde não era bom.

O contrato que o cantor assinou com a produtora previa que ele daria shows "de primeira linha", caso contrário, a AEG assumiria o controle do catálogo de suas músicas.

Apesar de, na época, a empresa afirmar que Jackson estava são, uma troca de e-mails sugere que, em março de 2009, o cantor quase não compareceu a uma coletiva de imprensa porque estava alcoolizado. Segundo as mensagens, ele não queria deixar o hotel e teve de ser vestido por seu empresário, o que resultou em um atraso de 1h30.

Uma semana após a morte de Jackson, a AEG entrou com pedido de 17,5 milhões na seguradora, alegando que havia perdido 35 milhões de dólares com a não-realização dos shows. No entanto, a empresa lucrou com o documentário This Is It, lançado pouco após sua morte e que arrecadou 250 milhões de dólares no mundo todo.

Fonte: Veja/Abril