24 de outubro de 2011

Defesa do médico de Jackson deve começar nesta segunda-feira

Advogados tentarão mudar o cenário atual, favorável à acusação. Defesa não revela se Conrad Murray será ouvido no tribunal.
Os advogados de defesa do medico acusado pela morte do cantor Michael Jackson devem começar a chamar testemunhas de defesa para serem ouvidas a partir desta segunda-feira (24), depois que terminar o testemunho de um especialista escolhido pela promotoria.

Esta será a oportunidade de Conrad Murray retrucar quarto semanas de depoimentos, que reuniram 33 testemunhas de acusação que o acusaram de inepto, distraído e oportunista, além de quebrar regras legais, éticas e profissionais.

A defesa deve apresentar 15 testemunhas, embora os advogados de Murray ainda não tenham revelado se vão ou não chamar o médico para testemunhar em sua própria defesa. Os jurados ouviram o cardiologista através de um interrogatório de mais de duas horas com a polícia, e parece improvável que seus advogados submetam o cliente a perguntas dos promotores.

A nova fase do julgamento deve começar nesta segunda-feira (24), depois de o advogado de defesa Ed Chernoff interrogar Dr. Steven Shafer, o especialista em propofol que é a última testemunha de acusação. Até agora, Shafer não recuou de sua declaração de que Murray é o único responsável pela morte de Jackson.

Após o testemunho de Shafer, os advogados de defesa devem pedir ao juiz que dispense a acusação de homicídio culposo contra o cardiologista. O juiz Michael Pastor dará seu parecer imediatamente e, se ele rejeitar o pedido, a defesa começará imediatamente.

Os advogados de defesa disseram que devem apresentar policiais que não foram chamados pela acusação e especialistas, entre outros. A defesa deve se apresentar até quinta-feira (27).

Murray se disse inocente das acusações, e, caso seja condenado, pode ter uma sentence de até quarto anos de prisão, além de perder sua licença médica. "Ele terá que mudar o cenário e apresentar margem para dúvidas”, diz Marcellus McRae, ex-promotor federal que tem acompanhado o caso de perto.

McRae afirma que chamar Shafer como última testemunha foi um golpe de mestre da promotoria. "Tijolo por tijolo, Shafer construiu uma parede de razões científicas para concluir que dr. Murray foi negligente. Isso permite a eles dizerem ao júri que seu caso é construído sobre fatos científicos, e não teorias frágeis”.

Longe dos jurados, a teoria da defesa tem mudado nos últimos meses, da alegação de que Michael Jackson engoliu propofol e administrou a si mesmo a dose fatal a, mais recentemente, dizer que o cantor tomou várias pílulas do sedative lorazepam, o que teria causado sua morte. Eles também podem alegar que Michael Jackson aplicou nele mesmo uma injeção de propofol depois de Murray ter deixado o quarto.

Fonte: G1