28 de setembro de 2011

Amigo de Michael Jackson critica médico em julgamento; sessão volta nesta 4°

Ortega e Michael : Grandes amigos
Kenny Ortega, responsável pela turnê de This Is It, disse nesta terça-feira (27) à promotoria do julgamento de Dr. Conrad Murray, médico de Michael Jackson, que estava preocupado com a saúde do astro nos ensaios que precederam a sua morte.

A sessão do julgamento de Dr. Murray foi suspensa esta noite e volta na quarta, às 8h45 em Los Angeles. No horário de Brasília, o julgamento começa às 12h45.
"Ele parecia perdido e incoerente; não respondia as minhas perguntas. Ele estava fraco e magro", disse o dançarino sobre os ensaio do dia 19 de junho de 2009, seis dias antes da morte do cantor.
Ortega também comentou que escreveu um e-mail para um amigo relatando sobre a condição do cantor e que, no dia seguinte, foi chamado em uma reunião sobre o ocorrido. "Dr. Conrad me repreendeu por não ter deixado Michael ensaiar", disse.

Segundo o Kenny, depois da reunião, ocorrido no sábado, 20 de junho, Michael Jackson apareceu para os ensaios de 23 e 24 de junho muito disposto e cheio de energia. "No dia seguinte eu recebi um telefone falando que uma ambulância havia deixado a casa de Michael com ele dentro", finalizou Ortega.

O primeiro dia de julgamento do Dr. Murray começou com o promotor David Walgren acusando o Médico de "grosseira negligência". Segundo a acusação, o médico comprou, ao longo de mais de dois meses, cerca de 15,5 litros de Propofol, anestésico que Murray aplicava ao cantor quase todas as noites.
Walgren ainda disse que o Dr. Murray só chamou o resgate médico 24 minutos depois de encontrar o cantor inconsciente e negou aos médicos ter dado Propofol a Michael Jackson. Na apresentação, o promotor apresentou um suposta foto do corpo de Michael Jackson ainda no hospital.
Em seguida, a defesa de Dr. Murray, representada pelo advogado Edwart Chernoff, alegou que o astro pop se medicou até a morte.

Segundo Chernoff, depois de aplicar apenas 25 mg de Propofol, por insistência do cantor, o médico se retirou do quarto. Michael Jackson, então, teria se automedicado com o anestésico.
O advogado começou sua defesa dizendo que iria mostrar quem Dr. Murray realmente é, e tentou responder duas questões: o que aconteceu no quarto do cantor com a saída do médico e como Michael Jackson chegou ao coma.
"Michael Jackson é a única celebridade que Dr. Murray conheceu. Ele não é um médico celebridade, ele literalmente salva vidas", disse Chernoff. Neste momento, Conrad Murray não se conteve e chorou.

A defesa ainda afirmou que Michael Jackson sofria de problemas para dormir, por isso usava o anestésico Propofol com frequência. "Dr. Murray concordou em medicar o cantor com Propofol, mas tentou ajudá-lo parar", disse.
Chernoff também disse que seu cliente estava tentando substituir o medicamento e que um dermatologista de Bevelery Hills também estaria aplicando em Michael o analgésico ilegal Petidina (Demerol).
O último a testemunhar foi o produtor da turnê de 'This Is It', Paul Galgaware. No seu relato, ele explicou os meandros do cronograma dos ensaios e da turnê e relatou que Michael Jackson fez questão de ter os serviços de Dr. Murray na série de shows.
Galgaware então contou a promotoria que o médico exigiu US$ 5 milhões por ano pelo serviço e as negociações foram encerradas. Por insistência de Michael, que disse que precisava cuidar da "máquina", o produtor volta a negociar com Dr. Murray e fecha um salário de US$ 150 mil.

Com o acordo fechado, Michael Jackson, o produtor, o médico e empresários conversaram sobre a saúde e o comprometimento do cantor. Por fim, Galgaware disse; "Dr. Murray sabia o que deveria fazer".

Fonte: Terra