Durante o primeiro dia do GameWorld 2011, empresários debateram sobre os desafios e quais serão os planos de cada empresa durante esse ano
Nesta sexta-feira (11/3), representantes das principais marcas da indústria mundial dos jogos eletrônicos se reuniram no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital paulista, para a 7º edição do Troféu Gameworld, que acontece até domingo (13/03). O assunto do primeiro Painel, que reuniu a Sony, Nintendo, Microsoft e a distribuidora NC Games, foi o mercado brasileiro e as perspectivas para 2011, cujo ano fiscal começa no próximo mês de abril.
Para todos os integrantes da mesa, o consenso é de que o Brasil hoje é uma das prioridades para a indústria de games e deve receber cada vez mais atenção das principais marcas e desenvolvedoras de jogos. “Não tenho dúvida de que a América Latina vai ser o mercado número um do mundo, apesar dos desafios”, afirmou Bill Van Zyll, representante da Nintendo no continente.
Dados de pesquisas recentes desenharam um mapa do mercado de jogos no Brasil, que hoje movimenta cerca de R$ 950 milhões ao ano. Entre as chamadas classes A e B, uma média de 75% das residências possuem consoles das três principais marcas. No país inteiro, são cerca de 20 milhões de aparelhos. Para o gerente de marketing da Microsoft, Guilherme Camargo, o momento é de crescimento e cooperação entre as marcas. “Nós estamos passando por um momento de juntar forças e estimular o mercado, para depois partir para a briga”, disse.
Os representantes das empresas seguiram o debate mostrando as estatégias de cada companhia para o mercado brasileiro.
Sony
A Sony, como de costume, manteve suas principais novidades em segredo. Anderson Gracias, gerente geral do PlayStation no pais, não deu muitas informações sobre produtos como o XperiaPlay, o smartphone também conhecido como PlayStation Phone, ou sobre o NGP, o sucessor do PlayStation Portable. Sobre a tão aguardada PlayStation Network brasileira, Gracias simplesmente disse que ela chegará “antes do que todos imaginam”.
Apesar dos segredos, a empresa apresentou os próximos títulos que devem ser produzidos oficialmente no Brasil e distribuidos pela Sony, como Resistence 3, InFamous 2 e Uncharted 3. A platéia reagiu com aplausos ao anúncio de que os títulos terão versões dubladas e legendadas em português do Brasil.
A empresa está concentrando seus esforços em trazer os jogos para o Brasil o mais próximo possível das datas de lançamento mundial.
Nintendo
Já a Nintendo aproveitou a oportunidade para afirmar que está trabalhando para trazer o seu novo console portátil, o Nintendo 3DS, para o país, também o quanto antes. O produto já chegou ao mercado japonês, e deve chegar aos Estados Unidos e à Europa nas próximas semanas.
Van Zyll afirmou que este será o primeiro produto da Nintendo a ser lançado no país com suporte inteiramente em português brasileiro. A Nintendo eShop, que será a loja para download de conteúdo virtual, também será inteiramente traduzida. Os anúncios foram muitos, mas o executivo não revelou a data de lançamento no país ou o preço do console no mercado nacional.
Se o grande público brasileiro ainda terá de esperar tempo incerto para experimentar o Nintendo 3DS, quem visitar a Gameworld terá oportunidade de conhecer o brinquedinho de perto, e experimentar suas novidades.”
Microsoft
A Microsoft, que das três empresas representadas é a que está há mais tempo oficialmente no Brasil, apresentou valores sobre seus produtos lançados no país. Segundo Guilherme Camargo, lançamentos como o do Kinect, em novembro do ano passado, mostraram o tamanho da demanda dos brasileiros por produtos do mercado de games. “Pela primeira vez, o canal de varejo viu a oportunidade no Brasil”, afirmou.
As novidades que a Microsoft trouxe para a feira concentram-se nas demonstrações de Gears of War III, que ainda não foi levado a público sequer nos Estados Unidos, e do novo game de Michael Jackson para a plataforma Kinect.
Desafios
Apesar das perspectivas de crescimento do mercado, o Brasil possui uma série de desafios para enfrentar. Os três principais pontos indicados pelos palestrantes ainda são a pirataria, carga tributárias e o chamado descaminho – que é a aquisição de consoles e jogos por outras alternativas que não o mercado nacional.
Claudio Macedo, presidente da distribuidora NC Games, apontou dados que informam que cerca de metade do mercado do jogos no país roda pela ilegalidade, seja pelo contrabando de consoles ou jogos piratas. “Não é um país simples, [o Brasil] tem várias dinâmicas, como educação do consumidor e do varejo, mas tem um potencial muito grande”, explicou Camargo, da Microsoft.
Um dos grandes desafios é enfrentar a cultura de pirataria que se criou nos anos em que o mercado brasileiro ficou “abandonado”, sem a presença oficial das companhias.
Sobre os impostos pesados no país, as empresas afirmaram que devem trabalhar juntas e lutar pela redução. Para 2011, a Sony pretende encabeçar uma briga pela queda do IPI, o imposto sobre produtos industrializados, que chega a 50% sobre produtos importados. “Nós temos uma carga tributária pesada e injusta”, afirmou Anderson Gracias.
Ainda assim, aos poucos, as companhias acreditam que os problemas devem ser mitigados e que o consumidor deverá ser beneficiado. “A gente está chegando a um cenário muito bacana pro Brasil e para as três plataformas. São muitos adversários em comum para vencer antes de brigar entre nós”, concluiu Guilherme Camargo, da Microsoft.
Nesta sexta-feira (11/3), representantes das principais marcas da indústria mundial dos jogos eletrônicos se reuniram no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital paulista, para a 7º edição do Troféu Gameworld, que acontece até domingo (13/03). O assunto do primeiro Painel, que reuniu a Sony, Nintendo, Microsoft e a distribuidora NC Games, foi o mercado brasileiro e as perspectivas para 2011, cujo ano fiscal começa no próximo mês de abril.
Para todos os integrantes da mesa, o consenso é de que o Brasil hoje é uma das prioridades para a indústria de games e deve receber cada vez mais atenção das principais marcas e desenvolvedoras de jogos. “Não tenho dúvida de que a América Latina vai ser o mercado número um do mundo, apesar dos desafios”, afirmou Bill Van Zyll, representante da Nintendo no continente.
Dados de pesquisas recentes desenharam um mapa do mercado de jogos no Brasil, que hoje movimenta cerca de R$ 950 milhões ao ano. Entre as chamadas classes A e B, uma média de 75% das residências possuem consoles das três principais marcas. No país inteiro, são cerca de 20 milhões de aparelhos. Para o gerente de marketing da Microsoft, Guilherme Camargo, o momento é de crescimento e cooperação entre as marcas. “Nós estamos passando por um momento de juntar forças e estimular o mercado, para depois partir para a briga”, disse.
Os representantes das empresas seguiram o debate mostrando as estatégias de cada companhia para o mercado brasileiro.
Sony
A Sony, como de costume, manteve suas principais novidades em segredo. Anderson Gracias, gerente geral do PlayStation no pais, não deu muitas informações sobre produtos como o XperiaPlay, o smartphone também conhecido como PlayStation Phone, ou sobre o NGP, o sucessor do PlayStation Portable. Sobre a tão aguardada PlayStation Network brasileira, Gracias simplesmente disse que ela chegará “antes do que todos imaginam”.
Apesar dos segredos, a empresa apresentou os próximos títulos que devem ser produzidos oficialmente no Brasil e distribuidos pela Sony, como Resistence 3, InFamous 2 e Uncharted 3. A platéia reagiu com aplausos ao anúncio de que os títulos terão versões dubladas e legendadas em português do Brasil.
A empresa está concentrando seus esforços em trazer os jogos para o Brasil o mais próximo possível das datas de lançamento mundial.
Nintendo
Já a Nintendo aproveitou a oportunidade para afirmar que está trabalhando para trazer o seu novo console portátil, o Nintendo 3DS, para o país, também o quanto antes. O produto já chegou ao mercado japonês, e deve chegar aos Estados Unidos e à Europa nas próximas semanas.
Van Zyll afirmou que este será o primeiro produto da Nintendo a ser lançado no país com suporte inteiramente em português brasileiro. A Nintendo eShop, que será a loja para download de conteúdo virtual, também será inteiramente traduzida. Os anúncios foram muitos, mas o executivo não revelou a data de lançamento no país ou o preço do console no mercado nacional.
Se o grande público brasileiro ainda terá de esperar tempo incerto para experimentar o Nintendo 3DS, quem visitar a Gameworld terá oportunidade de conhecer o brinquedinho de perto, e experimentar suas novidades.”
Microsoft
A Microsoft, que das três empresas representadas é a que está há mais tempo oficialmente no Brasil, apresentou valores sobre seus produtos lançados no país. Segundo Guilherme Camargo, lançamentos como o do Kinect, em novembro do ano passado, mostraram o tamanho da demanda dos brasileiros por produtos do mercado de games. “Pela primeira vez, o canal de varejo viu a oportunidade no Brasil”, afirmou.
As novidades que a Microsoft trouxe para a feira concentram-se nas demonstrações de Gears of War III, que ainda não foi levado a público sequer nos Estados Unidos, e do novo game de Michael Jackson para a plataforma Kinect.
Desafios
Apesar das perspectivas de crescimento do mercado, o Brasil possui uma série de desafios para enfrentar. Os três principais pontos indicados pelos palestrantes ainda são a pirataria, carga tributárias e o chamado descaminho – que é a aquisição de consoles e jogos por outras alternativas que não o mercado nacional.
Claudio Macedo, presidente da distribuidora NC Games, apontou dados que informam que cerca de metade do mercado do jogos no país roda pela ilegalidade, seja pelo contrabando de consoles ou jogos piratas. “Não é um país simples, [o Brasil] tem várias dinâmicas, como educação do consumidor e do varejo, mas tem um potencial muito grande”, explicou Camargo, da Microsoft.
Um dos grandes desafios é enfrentar a cultura de pirataria que se criou nos anos em que o mercado brasileiro ficou “abandonado”, sem a presença oficial das companhias.
Sobre os impostos pesados no país, as empresas afirmaram que devem trabalhar juntas e lutar pela redução. Para 2011, a Sony pretende encabeçar uma briga pela queda do IPI, o imposto sobre produtos industrializados, que chega a 50% sobre produtos importados. “Nós temos uma carga tributária pesada e injusta”, afirmou Anderson Gracias.
Ainda assim, aos poucos, as companhias acreditam que os problemas devem ser mitigados e que o consumidor deverá ser beneficiado. “A gente está chegando a um cenário muito bacana pro Brasil e para as três plataformas. São muitos adversários em comum para vencer antes de brigar entre nós”, concluiu Guilherme Camargo, da Microsoft.
fonte:olhardigital