16 de fevereiro de 2011

Paris tropeçou no pai e gritou :"PAPAI!"

Neste momento, nos dias que antecedem o julgamento de Conrad Murray, médico que atendia Michael Jackson, é importante recordarmos os fatos. Muito dolorosos, mas que, sem dúvida, fundamentam toda a gama de depoimentos. Os vigentes, os que ainda estão por vir.
Não podemos deixar que sejam minimizados o sofrimento e trauma a que os filhos de Michael foram submetidos naquela manhã de sua agonia e morte.
A injustiça cometida contra o artista e sua família, a forma desumana impingida a Michael no trato médico-paciente, o imenso desrespeito pela vida denunciado pelas atitudes negligentes de Murray, roubaram direitos.
Que possamos, ao menos, presenciar uma punição razoável. Justa...jamais será.

Paris, a filha de Michael Jackson, gritou, horrorizada, quando tropeçou nele,entre as frustradas tentativas de trazer o pai de volta à vida, foi dito em um tribunal em silêncio, em 5 de janeiro deste ano.
A menina, transtornada, com apenas 11 anos na época, aparentemente caiu de joelhos, rompeu em lágrimas e gritava: "Daddy!!" (Papai!!)
Em poucos segundos, traumatizada, ela estava no quarto com o irmão Prince, de 12 anos. Ela havia testemunhado o pai deitado imóvel, na cama, com a boca aberta enquanto o Dr. Conrad Murray começava a fazer nele as compressões torácicas.
O médico disse ter gritado com o segurança Alberto Alvarez: "Tirem-nos daqui!. Não deixe que eles o vejam assim!!".
Eles foram imediatamente escoltados para longe à medida em que seu pai ia morrendo bem diante de seus olhos.

A experiência traumática das crianças com os momentos finais de Jackson foi revelada ontem em uma audiência em Los Angeles para determinar se Murray, médico pessoal do cantor, deve ser julgado sob a acusação de homicídio involuntário.

Com a voz embargada, Alvarez descreveu, no tribunal, o momento em que Paris viu seu pai morrer na mansão.

Ele revelou: "Eu disse: 'Crianças, não se preocupem, nós vamos cuidar disso'. E fui conduzindo-os para fora, deixando a porta entreaberta.”

A mãe de Jackson, Katherine, enxugou os olhos durante a audiência à medida em que ouvia o relato público ainda mais detalhado dos acontecimentos sobre a morte de seu filho.

DROGAS
Ela chegou ao tribunal com o marido Joe e os filhos Randy ,Janet e LaToya. Eles não fizeram contato visual com o Dr. Murray.

Um juiz determinou que a morte de Jackson foi um homicídio, causado principalmente pelo anestésico Propofol. Também fora detectado um coquetel de sedativos e analgésicos em seu corpo.

O segurança, Sr. Alvarez, também disse à corte que o Dr. Murray o instruiu para que guardasse os frascos de remédiuos em sacos antes de chamar os serviços de emergência enquanto Michael agonizava.
O artista estava na sua cama ligado a um tubo de soro e a uma sonda vesical no momento em que Dr. Murray tentou reanimá-lo.
Alvarez revelou que ele aparentava estar "congelado".
Ele lembrou: "Eu disse: ‘Dr. Murray, o que aconteceu?’ E ele disse: ‘Ele teve uma reação. Ele teve uma reação ruim’”.
Ele continuou: "Ele simplesmente pegou um punhado de garrafas, frascos, e me encarregou de colocá-los em um saco."
O Vice-procurador da República, David Walgren, perguntou se era verdade que a polícia ainda não tinha sido chamada. Alvarez respondeu: "Isso é verdade."

As autoridades afirmam que Murray deu a Jackson uma dose letal de Propofol e outros sedativos no quarto de sua mansão antes de sua morte, em junho de 2009, aos 50 anos.

Sr. Walgren disse em seu discurso de abertura, que Jackson já estava morto quando o médico chamou ajuda e tentou esconder que administrava Propofol ao astro.

Murray estava dando o medicamento a Michael cerca de seis vezes por semana desde que foi contratado como médico pessoal do cantor, em maio de 2009, antes dos shows de seu retorno. Ele nega homicídio involuntário.

Fonte: Daily Mirror, Don Mackay.
Por Angella Wains